11 de agosto de 2009

NATURALMENTE

Recentemente escrevi um roteiro com esse nome. A inspiração veio da música "Naturalmente", interpretada por Fafá de Belém na década de setenta; o roteiro versava sobre as já constatadas relações matemáticas presentes na natureza e sobre as outras tantas ainda sem explicação.
"Carece de explicação" por sinal é outra música interpretada por Fafá, de autoria do Dominguinhos, cujos versos são e serão sempre atuais: "chega um tempo na vida, que a gente presta atenção, vê que nem tudo no mundo, carece de explicação".
Versos propícios por sinal, principalmente pelo desenrolar de fatos da última semana. Da reportagem do Jornal da Globo veio a constatação de algo, que eu enquanto educador já intuia faz tempo: os jovens, dotados de imenso imediatismo, não estão conseguindo se manter no mercado de trabalho. A falta de postura e comportamento adequado são apontados pelas empresas como os principais motivos para o não preenchimento de vagas de estágio.
A compreensão de que uma carreira deve ser construída com o tempo, passando por várias etapas não parece ser o forte dos jovens de hoje. Vindos de uma geração de ícones e ídolos passageiros, ainda falta estrada a percorrer.
Numa atitude simplista e simplificadora proponho uma medida imediata: em véspera de jogo do Brasil, não seria má idéia os comentaristas pararem de "fabricar" grandes jogadores, antes que eles mesmos construam suas carreiras. Fenômeno, fabuloso e outros adjetivos, podem sim ser acoplados a nomes de jogadores, mas somente após eles terem mostrado de fato em suas carreiras, merecimento para recebê-los. Pelé não virou rei antes dos vinte.
"Ter cada estrada para andar, andar em cada para ser". Trechinho da música título do post, que é o que eu quero dizer dito de forma simplificada, e só é assim, pois foi uma música composta por Caetano Veloso e Joao Donato, que andaram e foram e são!


7 de agosto de 2009

Um bom enredo dá um bom samba...

Começam agora a pipocar na internet os sambas concorrentes nas escolas do Rio de Janeiro e São Paulo. As escolhas dos enredos, feita antes, já dava uma idéia do que ia acontecer.
Salgueiro irá falar sobre livros, enredo fértil e sambas muito bons, porém o samba do Edgar do ano passado (que muito injustamente não foi para a avenida) ainda mostra o potencial não alcançado ou não reconhecido dos compositores da escola.
Tijuca talvez mude de enredo, mas com uma obra como a da parceria do Lula e Márcio Biju, vai ser difícil. Um samba com cadência, poético, como há tempos não se ouvia...
Vila Isabel, resolveu cantar Noel, foi o primeiro enredo a ser anunciado e os sambas confirmaram o que se esperava. Obras muito boas, é possível imaginar quase todas elas no desfile da escola.
Grande Rio, Porto da Pedra estão na lanterna... A Grande Rio tem a imensa desvantagem de ter que provar a todo custo, que o camarote número 1, que é restrito aos mortais, é a cara do carnaval. Incoerência pura!
Ilha e Imperatriz preciso ouvir melhor, mas nada que tenha me chamado atenção.
E pra concluir a história, o enredo encabeçado por José Serra não deve dar muito samba. A proibição nunca funciona, serve apenas para que se estude formas de burlar uma regra. É certo que alguém lucrará com isso... Resta saber quem!